Há um ano, no dia 29 de julho
de 2011, eu vivia um dos momentos mais lindos da minha vida... Era uma manhã
ensolarada, em Vitória, no Espírito Santo... Saímos bem cedo, rumo ao Convento
da Penha, na cidade de Vila Velha. Na bolsa, eu levava aquele buquê de noiva já
meio murcho, que eu havia pegado uma semana antes, no casamento da minha
prima-irmã, e deixado por alguns dias no congelador... Eu pretendia oferecê-lo a
Nossa Senhora de Fátima, de quem sou muito devota, mas fui por ele convencida a
guardá-lo, pois estávamos com viagem marcada para a sua terra-natal, onde
poderíamos oferecê-lo a Nossa Senhora da Penha... Naquele dia, a caminhada foi
longa... Subimos juntos toda aquela trilha, até alcançarmos o topo do morro,
onde ficava a capela... Que linda vista! Que cidade linda! Depois de muitas
fotos, antes de irmos embora, fomos até a Sala dos Milagres (local em que as
pessoas fazem e pagam suas promessas), onde juntos entregamos as flores,
ajoelhamos e rezamos, agradecendo a Deus por nos ter colocado um na vida do outro
e pelo nosso amor... Aquele foi, sem dúvidas, um dos momentos mais marcantes de
minha vida... Eu realmente não tinha dúvidas de que tudo aquilo duraria para
sempre... Mas exatamente cinco meses depois, no dia 29 de dezembro, aquela história chegou
ao fim, me pegando completamente desprevenida e me tirando o chão...
Hoje, sete meses depois, ainda é
difícil... Ainda dói... Muito... A mágoa, a decepção, mas principalmente a
saudade... A saudade daquilo que existiu e daquilo que não foi...
Dói... Dói ver o tempo passar e por
maior que seja a sua luta e a vontade de vencer, de seguir em frente, não
conseguir esquecer... Ocupar a sua cabeça com mil coisas ao mesmo tempo, sair
para mil lugares, estar cercada de mil pessoas maravilhosas, e mesmo assim não
conseguir se desvincular daquela que é a única pessoa que não está ao seu
lado... E tudo o que você faz, todos os lugares, tudo, de certa forma, lembra... A dor da saudade consome...
Dói lembrar de todos os sonhos sonhados
juntos, de todos os planos planejados juntos, dos pequenos gestos e das grandes
promessas... Dói se sentir pela metade, depois te ter se sentindo tão
completamente preenchida... Dói encostar a cabeça no travesseiro para dormir e
só ter em mente aquele olhar e aquele sorriso...
Dói... Dói sentir aquela ausência constante, lembrar todos
os dias, pensar todo o tempo, mesmo depois de meses sem ver, sem ouvir a sua voz, sem ter notícias concretas... E não poder fazer nada para resolver o problema... Dói me sentir tão frágil e enfraquecida,
quando sempre fui tão forte, segura e decidida...
Dói alcançar todos os seus objetivos e mesmo assim não se
sentir completa... Dói ter tantos motivos para comemorar, mas não conseguir se
alegrar plenamente por nada, porque você não pode dividir todas as suas
conquistas justamente com aquele que você mais ama...
Dói ser obrigada a guardar e ignorar um
sentimento tão lindo, tão forte, tão puro, tão inexplicável, tão desmedido, que surgiu tão
naturalmente... E mais ainda ser obrigada a fingir que ele deixou de existir...
Dói, depois de tudo, continuar sentindo aquele mesmo sentimento... E, mais
ainda, aceitar que do outro lado ele simplesmente não existe mais...
Eu realmente não pretendia voltar a
dividir tudo isso com ninguém... Mas o peso de todas essas lembranças às vezes
é grande demais e não consigo carregá-lo sozinha... Perdoem-me... Sei que
deveria guardar certas coisas para mim... Que é chato para aqueles que estão perto escutar todo o tempo a mesma ladainha... Mas dói... E nem sempre é fácil
suportar... Peço desculpas (principalmente a mim mesma) pela minha fraqueza, nem sempre consigo ser aquela
mulher forte e determinada...
Às vezes é necessário colocar uma pedra
sobre aquilo que se sente, para tentar seguir em frente...
É isso...
Depois de sonhar
tantos anos,
De fazer tantos
planos
De um futuro pra nós
Depois de tantos
desenganos,
Nós nos abandonamos
como tantos casais
Quero que você seja
feliz
Hei de ser feliz
também
Depois de varar
madrugada
Esperando por nada
De arrastar-me no
chão
Em vão
Tu viraste-me as
costas
Não me deu as
respostas
Que eu preciso
escutar
Quero que você seja
melhor
Hei de ser melhor
também
Nós dois
Já tivemos momentos
Mas passou nosso
tempo
Não podemos negar
Foi bom
Nós fizemos história
Pra ficar na memória
E nos acompanhar
Quero que você viva
sem mim
Eu vou conseguir
também
Depois de aceitarmos
os fatos
Vou trocar seus
retratos pelos de um outro alguém
Meu bem
Vamos ter liberdade
Para amar à vontade
Sem trair mais
ninguém
Quero que você seja
feliz
Hei de ser feliz
também
Depois
Oi, Alessandra, acho q posso dizer que entendo exatamente o que vc sente... vivi uma história parecida, onde td parecia perfeito demais e que duraria para sempre. Até q de repente, a pessoa que vc tanto ama te tira o chão, dizendo que não sente o mesmo, q te vê como amiga apenas. E daí pra frente, mtas coisas deixam de fazer sentido, como vc mesma disse, vc estar em lugares variados com pessoas amigas, msm assim dá um vazio, vc sente falta daquela pessoa em particular. Dizem que o tempo cura tudo, diminui o sofrimento e eu acredito nisso. Vc disse que pra vc já se passaram sete meses, pra mim já se passou quase um ano... acredito que esse vazio só vai realmente terminar qnd se encontrar a pessoa certa que deve estar por aí em algum lugar. Mas depois de todo esse tempo, msm q ainda seja doído lembrar ou falar a respeito, o que a gnt tem que ter em mente é que nossa felicidade não pode depender exclusivamente dessa pessoa, de estar com ele. talvez pareça meio clichê, mas se nós não formos capazes de nos fazermos felizes pq esperar isso de outra pessoa? ainda tenho minhas "recaídas", lembrando coisas q deveria esquecer, mas com tempo isso realmente vai diminuindo, acredite.
ResponderExcluirJéssica! Olá! Novamente voltamos a questão do tempo, né? Eu também acredito que para superar uma situação desse tipo é necessário esperar o tempo fazer efeito e encontrar outra pessoa... E me esforço demais para ser feliz sempre e em tudo o que faço, mas parece q mesmo assim fica faltando alguma coisa... Tem dias que é difícil demais... E é muito complicado voltar a ter fé nas pessoas, não sentir medo de se envolver, essas coisas... Mas tenho certeza que com o passar do tempo tudo irá melhorar! Preciso acreditar nisso! Bjinhos!
Excluir