Orgulho X Amor-Próprio

Acho que muita gente confunde orgulho com amor-próprio... Não que eu seja a dona da verdade, mas no meu ponto de vista existe uma diferença sutil (e bastante significativa) entre essas duas expressões. Costumo ver o orgulho muitas vezes com uma conotação negativa, enquanto o amor-próprio seria algo extremamente necessário e positivo na vida de todo mundo. Prefiro, portanto, me descrever como uma pessoa sem um pingo de orgulho, mas com um amor-próprio do tamanho do mundo. Porém, não acho que exista uma regra fixa a ser seguida referente a um nem outro. Uma verdade absoluta... Nem sempre podemos seguir à risca as nossas concepções e devemos nos abrir um pouco a novas ideias e percepções, de acordo com os acontecimentos que vão se dando em nossas vidas.

Encontrei em outro blog (http://passarinhosnotelhado.blogspot.com/2011/01/amor-proprio-e-orgulho-qual-diferenca) uma definição bastante interessante, e muito parecida com a minha opinião, para cada um desses termos:

“Orgulho: sentimento que se manifesta a partir do EGO, e, cuja natureza é a de proteger-se de algo, seja o que for. O EGO não tem uma consciência lúcida, e, assim, seu objetivo é impor-se, através da força, do poder, da supressão do ‘oponente’”.

“Amor-próprio: sentimento que se manifesta a partir do CORAÇÃO, e preza pela vida e pela felicidade pessoal. Não busca atacar, não busca xingar, nem ferir à outro ser”.

Eu acredito que a felicidade deve ser a principal meta a ser alcançada por todas as pessoas. E diversas vezes para conseguirmos alcançar esse objetivo devemos deixar muitas de nossas concepções e ideias prévias de lado. O orgulho entraria justamente no grupo daquilo que em alguns momentos deve ser jogado para escanteio, já que ele partiria de um pressuposto de que devemos nos fechar, nos proteger de qualquer forma, que não devemos dar o braço a torcer e/ou voltarmos atrás em nossas decisões, darmos novas oportunidades à nós mesmos ou aos outros...

Em inúmeros momentos, o orgulho é o principal responsável pela infelicidade das pessoas. Quantos casos você já não viu acontecer, ou pelo menos ouviu dizer, de gente que por simples orgulho acabou jogando fora grandes oportunidades de ser feliz? Tantas vezes apenas para não dar o braço a torcer ou por ser incapaz de perdoar algo ou alguém, mesmo sabendo que aquela decisão poderia mudar por completo os rumos de sua vida... Ou, o que considero pior, por medo ou covardia de arriscar, de tentar, de lutar, de se desculpar... E não, não... Isso pra mim é inaceitável! É burrice mesmo! Jogar fora uma chance de ser feliz, por menor que seja, é pra mim a coisa mais idiota que um indivíduo pode fazer. Ninguém deve ter medo de ser feliz!

 

O amor-próprio entra bem ai, quando acreditamos em nós mesmos e lutamos por tudo aquilo que desejamos. Ele seria literalmente o amar a si mesmo. E quem se ama, busca a felicidade acima de qualquer coisa, luta para ser feliz, mesmo que para isso tenha que fazer algo que nunca imaginaria ser capaz... Contudo, veja bem... Devemos sim lutar sempre pela nossa felicidade, para nos sentirmos plenos e realizados em todos os setores de nossa vida, mas precisamos fazer isso sem atingir ou fazer mal àqueles que estão à nossa volta. Sempre procuro seguir duas regrinhas básicas (embora saiba que algumas vezes possa tropeçar e fugir um pouco disso... Afinal de contas, errar é humano!): (1) Não faça com o outro o que não gostaria que fizessem com você; (2) O meu direito termina quando o do outro começa. Portanto, precisamos sim correr atrás daquilo que nos faz bem, desde que isso não prejudique ou atrapalhe a vida de outras pessoas.

Enfim... Não sei se ficou claro, se me fiz entender... Mas é isso!

Beijinhos!