Venho treinando o desprendimento há algum tempo... Desprendendo-me
de ideias fixas, de velhos sonhos, do tempo que passou e de pessoas (que foram,
que estão e que virão). E, principalmente, me desprendendo de uma “antiga” Alessandra,
que já não existe mais. Quando me lembro da pessoa que eu era, bate sim certo
saudosismo. Seria impossível esquecer e não sentir falta daquele meu lado mais sonhador
e apaixonado, daquela pessoa que mergulhava de cabeça em tudo o que acreditava
sem pensar nas consequências... Só que ela se perdeu pelos caminhos da vida.
Aquela “menina” que acreditava em contos de fadas e não percebia a maldade das
pessoas já não existe mais. Entretanto, hoje ainda tenho muitos sonhos. Sonhos
mais maduros, sem dúvida alguma, que me mantém em pé, que me fazem ir além,
lutando sempre pelos meus objetivos e nunca deixando algo pela metade. Continuo
insistindo e indo até o fim por aquilo que acredito. No entanto, já não creio
mais em tudo o que me dizem e não deixo qualquer pessoa se aproximar. Aprendi
que nunca conhecemos alguém 100%. Se é difícil conhecermos de tal maneira a nós
mesmos, quem dirá a outros, com um modo de pensar e uma história de vida
completamente distintos do nosso. Talvez ainda seja necessário recuperar um
pouco da confiança nos seres humanos. Ou talvez esse seja um instinto protetor necessário para a minha
sobrevivência. Não sei...
Embora sinta falta do meu antigo eu, quando penso na mulher que
me tornei acabo me dando por satisfeita. Estou mais forte, menos inocente (no
sentido de menos “boba”), mais independente. Hoje, já não deixo qualquer coisa
me abalar. Hoje, já não mudo minha vida por outras pessoas. Hoje, já consigo
pensar um pouco mais em mim, consigo me colocar em primeiro lugar... Ser um
pouco “egoísta” é necessário de vez em quando. Hoje estou bem comigo mesma. E
isso é o que mais importa. Interesso-me pela minha felicidade. E ponto. Já deixei as antigas mágoas de lado e hoje guardo apenas as lembranças positivas do passado que passou. O que já se foi não pode interferir no meu grande objetivo de ser feliz.
A postagem de hoje está repleta de “eus”, mas não vejo isso como
egocentrismo. É sim um grande desabafo. E quem sabe não servirá (mais uma vez)
de incentivo para alguém que também esteja precisando superar suas próprias adversidades...
Penso que sou melhor com palavras escritas do que com palavras
faladas. Meu jeito um tanto estabanado de ser acaba fazendo com que eu me perca
um pouco ao falar tudo aquilo que preciso dizer. Mesmo que ensaie mentalmente
uma dezena de vezes, ainda acho mais fácil expressar sentimentos por escrito.
Continuarei treinando o desprendimento. Vejamos até que ponto conseguirei
chegar...
É isso...
Beijinhos!
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