Um Pouquinho Mais de Mim...

Hoje eu quero falar de algumas de minhas características mais marcantes e, também, de alguns dos meus principais “defeitos” e inseguranças. Não sei se consigo traçar um retrato fiel da minha pessoa (acredito que ninguém é capaz de fazer isso, na verdade), mas acho que posso dizer que me conheço muito bem (ou bem mais do que qualquer outra pessoa possa achar que me conheça). Tenho um temperamento forte, então haja paciência para ler tudo o que escreverei nessa postagem! Rsrs...

Sabe aquela música “Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo” (ou algo assim)!?! Acho que eu me enquadro mais no segundo grupo do que no primeiro. Tenho muitas ideias fixas e pré-definidas sobre diversos assuntos, especialmente no que diz respeito à maneira de enxergar minha própria vida e ao meu modo de agir. Não costumo criar rótulos pras pessoas não! Não é nesse sentido que falo. E essa minha maneira de viver, de forma alguma me impede de mudar de opinião e/ou agir diferente sempre que necessário. Mas que é difícil é.

O fato de eu ter todo um conjunto de ideias fixas e de seguir meus ideais tão a fundo não me torna uma pessoa que não se deixa levar pelas vontades ou pelos momentos, como já ouvi muito por ai. É óbvio que tenho os meus limites! Eu sigo sim minhas vontades e nunca deixo de aproveitar os momentos que ME INTERESSAM, mas faço isso de maneira minimamente racional, levando sempre em consideração aquilo que acredito para que eu não venha a me arrepender depois. E posso dizer, sem sombra de dúvidas, que não tenho quaisquer arrependimentos de nada que eu tenha feito. E tenho pouquíssimos arrependimentos por coisas que deveria ter feito também. Então concluo que o saldo dessa minha forma de agir tem sido positivo. Pra quê mudar aquilo que não me incomoda e que até agora só me fez bem?

Sou uma pessoa realmente segura das minhas decisões e daquilo que desejo. Isso não me torna um alguém extremamente racional, porque embora tenha sim esse lado voltado para o raciocínio, sou super sonhadora e uma idealista nata. Afinal de contas, sou aquariana, e como tal, tenho essas características bastante acentuadas.

Posso dizer que sou uma pessoa bastante independente. Desde que consegui o meu primeiro trabalho, ainda como estagiária, por exemplo, pago todas as minhas contas (cartões, telefone, internet, meu carro, gasolina, impostos...). O-D-E-I-O me sentir dependente de qualquer pessoa. Acho que isso se acentuou bastante nos últimos anos, provavelmente um resquício do meu último relacionamento, da qual, de certa forma, eu me sentia extremamente dependente, como se nada tivesse graça sem “ele”. Obviamente não atingi um estágio de independência plena (até porque nem acredito que isso seja possível). Não posso dizer que sou completamente independente financeiramente, porque ainda vivo na casa dos meus pais; e nem emocionalmente, porque sinto a necessidade de estar cercada de amigos e gosto de estar envolvida sentimentalmente com alguém também (Faz bem pra pele! rs*). Mas eu realmente me orgulho de ser independente em tantos outros aspectos. O ser humano é um ser social e, (talvez) por isso, eu considero muito mais divertido fazer a maioria das coisas acompanhada (sair, fazer comprar, ir ao cinema, viajar, etc). Mas não costumo deixar de fazer o que quero por falta de companhia (e tenho aprimorado isso cada vez mais!). Sou independente, mas gosto de estar acompanhada. A vida é muito mais divertida quando temos com quem dividir os nossos momentos e as nossas histórias!

Pra mim as coisas são bem simples. Não fico complicando o que não é complicado. Ou é, ou não é. Não gosto que façam, muito menos de fazer, joguinhos com as pessoas. Eu falo aquilo que penso sempre. Nunca (nunca mesmo!) me deixo influenciar pela opinião alheia. E nem fico acumulando aquilo que me incomoda, guardando pra mim até explodir. Digo o que incomoda na hora que incomoda. Aceito críticas construtivas muito bem, reflito sobre tudo o que me dizem, mas não mudo minha forma de ser e de pensar pra me enquadrar àquilo que as pessoas querem. Acho sim que é muito importante para uma boa convivência com qualquer pessoa, aprender a lidar e aceitar as características que consideramos “defeituosas” do outro, mas sei (e nem tenho pretensão pra isso) que não devemos tentar mudar ninguém, que devemos aceitar o outro do jeitinho que é, amando “qualidades” e “defeitos”, até porque sei que os conceitos de “qualidade” e “defeito” variam de um indivíduo para outro, sem significar que um esteja mais certo ou mais errado do que o outro.

Uma coisa é certa. Se eu digo que vou fazer uma coisa, eu dou a minha palavra e vou seguir aquilo que foi combinado até o fim. Jamais vou prometer uma coisa e fazer outra. Nunca vou combinar algo e fazer completamente diferente depois ou dizer que não havia dito. Talvez isso demonstre certa rigidez da minha parte, mas considero uma característica minha bastante forte e importante. É o modo que tenho de mostrar para as pessoas com quem convivo que podem confiar em mim e naquilo que digo. Continuo defendendo a importância das pessoas serem sim firmes, sempre que necessário, em atitudes e palavras.

Nunca desisto de nada pela metade. Sou daquelas que se começar a ler um livro horroroso, vai ler até o fim, simplesmente por não aceitar deixar nada incompleto. Não abandono meus sonhos sem que haja um desfecho, seja ele positivo ou negativo. Se eu quero algo, vou lutar até o fim. Até se esgotarem todas as esperanças. Até eu conquistar meu objetivo ou, na pior das hipóteses, até eu perceber que não existe mais nada que possa ser feito. Hoje sei que muitos de nossos sonhos acabam girando em torno de outras pessoas e, se já é difícil controlar aquilo que desejamos para nossas vidas, quem dirá quando isso envolve um outro alguém... Precisamos aprender a reconhecer o momento certo de parar, mudar de planos, seguir em frente. Mas precisamos, também, lutar sempre por aquilo que acreditamos.

Uma outra característica que sempre foi muito marcante em mim, mas que ultimamente percebo que está mudando aos poucos, é a forma com que sempre defendi aquilo que acredito. Reconheço que um dos defeitos que tenho é a dificuldade em aceitar ser contrariada. Mas sei que quando acredito verdadeiramente em alguma coisa, defendo minha ideia até o fim, bato mesmo o pé para provar que estou certa. Algumas vezes até conseguem me provar do contrário (rs*), mas uma coisa é certa: nunca tive dificuldade de pedir desculpas e reconhecer os meus erros quando percebo que os cometi. Por tudo isso, sempre fui muito intensa ao defender meu ponto de vista. Já discuti e já disse muitas coisas sem pensar. E o que tenho mudado nisso tudo!?! Simples! Aprendi a colocar em prática alguns daqueles conselhos que sempre escutamos: contar até dez para não me estressar e nunca falar nada de cabeça quente. Então se um dia alguém perceber que eu estou p... da vida com algo e me recolhi em um canto, me deixa quieta. Essa é a forma que encontrei para não falar nada sem pensar, para não dizer coisas de cabeça quente da qual eu possa me arrepender depois e para evitar magoar as pessoas que fazem parte do meu convívio também. E, acredite! Isso tem dado muito certo! Não sei se as outras pessoas enxergam essa minha “nova” atitude como eu, mas que tem diminuído (e muito!) o meu estresse e evitado inúmeros aborrecimentos pra mim... Ah! Isso tem!

Eu já mencionei que sou a pessoa mais otimista do mundo!?! Rsrs... Em um momento “obscuro” da minha vida, essa característica andou meio ofuscada. Mas ela tem voltado com força total!!! \o/ Acredito que tudo sempre vai melhorar, por pior que seja a situação. Acredito que todos podem alcançar seus sonhos, desde que façam por onde isso acontecer (e que sejam sonhos viáveis e não dependam de acaso ou sorte, claro!). Acredito que o mundo pode sim se tornar um lugar melhor, desde que cada um faça a sua parte. Enfim...

Também sou do tipo que não deixa para amanhã o que pode (e deve) ser feito hoje. Tenho em mente que nunca devo dormir deixando alguma tarefa incompleta ou alguma situação mal resolvida. Não gosto de acordar percebendo que há algo pendente para ser feito. Muito menos de perder o sono por algo que poderia ser resolvido anteriormente.

Sou extremamente perfeccionista. Entra nesse quesito, também, a minha mania de organização (sou a Dona TOC, como diria uma grande amiga minha! rs*). Gosto de tudo perfeitinho, feito do meu jeito, milimetricamente calculado e tudo muito detalhado. Desde criança achava que os trabalhinhos da escola só ficariam bons se eu fizesse ou se fossem feitos do meu jeitinho (rs*).

Ai entra, ainda, o meu lado mais mandão e controlador. Gosto sim de sentir que tenho o controle da situação. Gosto sim de delimitar tarefas (sempre me incluindo no trabalho, obviamente), de “botar ordem na bagunça”, de liderar... Costumo dizer que tenho o espírito de liderança muito aguçado (rsrs). Modéstia à parte, mas é impressionante como em praticamente todos os meios que me envolvo acabo surgindo como uma espécie de liderança! Sou promovida à representante de turma, a membro de comissão de formatura, ou simplesmente à “líder” do grupo de amigos (“o grupinho da Alessandra”, como muitos professores costumavam dizer na época da escola). Sinto que isso costuma acontecer naturalmente, pois, embora eu goste (e muito!) de estar à frente das pessoas (não é à toa que sou professora), não forço a barra para isso... Simplesmente acontece... Sei que nem todas as pessoas aceitam bem essa minha característica, mas sei também que por isso ser algo meu que aparece com grande facilidade, muitos nem sequer tentam me conhecer a fundo, mas já se armam contra mim como se a qualquer momento eu pudesse sair por ai controlando tudo e todos. Nunca tive a intenção de esconder essa minha característica, pelo contrário, sempre deixo claro que ela existe, expondo muitas vezes como um defeito meu. E, uma coisa é certa, já melhorei demais o lado negativo desse meu “espírito de liderança”. Muitas vezes, é claro, acabo metendo os pés pelas mãos e isso foge um pouco do controle. Mas basta alguém mais próximo me dar um toque para eu recuperar a compostura. Sei que devo esse meu “autocontrole” principalmente aos relacionamentos que tive, pois foram os momentos em que mais aprendi a ceder e a tomar decisões em conjunto. E hoje tento botar isso sempre em prática, tentando levar sempre em consideração a opinião e as ideias dos que me cercam.

Sou do tipo que faz qualquer coisa pelas pessoas que amo. Largo tudo pra acudir um amigo que precisa do meu apoio, fico a noite acordada cuidando de uma pessoa querida se ela não estiver bem, passo uma festa inteira deixando de me divertir pra apoiar um amigo que esteja passando mal ou que precise desabafar. O difícil foi aprender que nem todas as pessoas fazem pela gente o que faríamos por elas e que isso não significa, necessariamente, que o outro não tem tanto carinho e consideração quanto eu tenho. As pessoas só têm modos diferentes de demonstrar o que sentem. Durante muito tempo eu sofri por não conseguir compreender essas coisas, especialmente quando se tratava dos meus amigos. E, apesar de hoje ter essa consciência, às vezes ainda fico mal com esse tipo de situação... Ainda preciso aprender um pouco melhor a esperar menos das pessoas que amo. Entretanto, acredito que ter um mínimo de consideração também não custa nada, porque, embora essa não seja a regra, sempre tem um ou outro que (mesmo que não intencionalmente) acaba abusando um pouco da boa vontade alheia. Também preciso aprender a traçar esse limite ai, mas é uma linha tênue tão difícil de definir...

Ah! Mais uma coisinha... Um importante detalhe ao meu respeito: Tenho uma memória fora do comum. Lembro detalhadamente de situações de épocas em que ainda mal falava... De coisas um pouco mais recentes então, nem se fala... Palavra por palavra do que em algum momento me foi dito, cenas completas do que já aconteceu, gostos do que já provei e sensações que já senti. Então, se eu digo que algo foi dito e ou feito, as chances de eu estar com a razão são realmente muito grandes. (Obviamente ninguém está livre de cometer enganos.) Mas isso de forma alguma me torna uma pessoa rancorosa ou orgulhosa.

Agora, se me perguntarem se eu realmente considero tudo isso de que falei como defeito, sem dúvida alguma responderei que não. É certo que tenho milhares defeitos e que ainda preciso evoluir em muitos sentidos. Sei também que tudo o que é exagerado demais acaba sim se tornando um defeito. Mas acredito que devemos buscar evoluir naquilo que não nos faz bem, e não naquilo que porventura possa incomodar outrem. É impossível agradar a todos. E precisamos aprender a conviver com aquilo que para nós seriam defeitos das pessoas da qual gostamos, sejam elas da nossa família, do nosso grupo de amigos ou de nosso círculo de convivência social (colegas de trabalho, vizinhos,..., pessoas próximas de maneira geral). Quero me tornar uma pessoa cada vez melhor, entretanto, não preciso mudar completamente a minha essência para isso.


Inseguranças!?! Por mais segura das minhas atitudes, dos meus sonhos e das minhas convicções, sem dúvida alguma eu tenho sim minhas inseguranças! Como qualquer ser humano. Talvez não demonstre tanto isso (não gosto de demonstrar fraquezas!) e algumas pessoas que me conhecem um pouco menos acabam me vendo como se eu fosse segura demais... Sei lá! Tenho inúmeras inseguranças. Posso afirmar que as minhas maiores inseguranças atualmente dizem respeito à confiança nas pessoas (Em quem devo confiar para não me decepcionar?) e a qualquer tipo de envolvimento com outra pessoa e/ou relacionamento amoroso (Como e quando voltar a me entregar sentimentalmente a alguém?). E muitas vezes essas inseguranças aparecem interligadas ou acabam por afetar outros aspectos da minha vida. É engraçado como antes eu não pensava em nada disso, realmente não tinha essas inseguranças... (Tinha muitas outras, é claro!) Era tudo muito mais fácil pra mim (e mais utópico também). Mas já escrevi demais, então esse assunto eu deixarei para outro dia...
                                                                     
Sabe... Não escrevo para provar nada a ninguém. Nunca fui dessas que para se sentir segura consigo mesma, insiste em mostrar o tempo todo aquilo que é ou deixa de ser. Mas gosto de falar o que sinto, de dizer o que penso.  A verdade é que eu realmente gosto de falar de mim (rs*)! Não ganho nada guardando pra mim aquilo que estou sentindo ou que está me incomodando (só fico entalada!). Escrever para mim é uma forma de libertação. Desabafar com um caderno, uma agenda ou o computador é um hábito que tenho desde criança, a qual recorria especialmente nos momentos em que estava mais triste, reflexiva ou introspectiva (e algumas vezes em momentos de extrema felicidade também). Se escolho um tema para dissertar, muito provavelmente é porque tem algo relacionado a ele me incomodando/alegrando. Cada vez que escrevo sinto um alívio profundo, como se tirasse um enorme peso de dentro de mim. Por isso continuo insistindo nisso. E, acredite... Essa foi uma das coisas que, sem dúvida alguma, mais me ajudou no momento em que estive na pior. Então sempre indico esse “santo” remédio... ;-)


E, enquanto isso, vou seguindo na busca eterna pelo autoconhecimento...


Comentários