A gente veste a armadura e foge.
Evita tudo o que nos remete ao amor. Evita filmes de amor, músicas de amor,
livros de amor... Evita, porque fugir é mais fácil.
Nunca tive muita dificuldade de
falar dos meus sentimentos. Acho que ainda não tenho. O difícil agora é mesmo
sentir... Sei que agora falar disso não incomoda tanto quando antes, a
intensidade das inseguranças não é mais tão grande, entretanto ela ainda
existe. A verdade é que mesmo depois de tanto tempo ainda não é nada fácil
seguir em frente...
Depois de tudo, a dificuldade
maior está no apaixonar-se, deixar-se viver o amor novamente... Você se fecha
por completo e foge de todas as possibilidades que lhe aparecem. Porque no
fundo, por trás de toda aquela carapaça de segurança, sentimentalmente o que
predomina hoje ainda é a insegurança, o medo. O medo de se permitir amar e
sofrer novamente; o medo da decepção e da rejeição, de encarar o novo. Tudo
isso faz com que se torne difícil tentar outra vez. Viver relacionamentos mais superficiais
talvez surja como a melhor opção, o caminho mais fácil. (Como diferenciar um tipo do outro!?!) Melhor viver na mesmice do que arriscar um recomeço? Será
essa a solução? Racionalmente falando, sei que na grande maioria das vezes o
caminho mais fácil não é o melhor a se seguir... Mas, sei lá... Dá “preguiça” (e
receio) de pensar demasiadamente no assunto.
Sei que tudo isso faz parte de
uma espécie de mecanismo de defesa, desenvolvido por quem já foi magoada e não
quer passar por nada daquilo novamente. E é exatamente por isso que não me acho
completamente errada. Sei que devo e preciso cuidar de mim, do meu bem estar,
da minha própria felicidade. Por isso me protejo. Só que sei, também, que
preciso estabelecer limites, pois não posso deixar de viver, de arriscar e de
buscar novas possibilidades para minha vida.
Muita gente não entende ou não
percebe minhas mudanças... Ainda me confundem com o meu eu anterior. Aquela que guardava inúmeros resquícios da infância e da adolescência. Aquela que acreditava em
príncipes encantados, sabe? Mas hoje vivo no mundo real, enxergo como as coisas
são de verdade, ou pelo menos me esforço bastante para isso. Não sou mais tão
frágil a ponto de me magoar com tudo o que me dizem. Aprendi que verdades
doloridas são sempre muito mais bem-vindas do que mentiras delicadas. Compreendo muito bem o que me dizem, sem a necessidade de repetir a mesma coisa inúmeras vezes. Amadureci. Simples assim. Ainda preciso amadurecer muito mais, obviamente. Acredito que o nosso
crescimento é uma constante que deve acontecer ao longo de toda nossa vida.
Creio que, hoje em dia, só me
permitirei amar ou me apaixonar novamente quando encontrar alguém não apenas
que eu queira ter ao meu lado, mas especialmente que deseje o mesmo e que se
esforce para me passar toda a confiança de que preciso para me sentir mais uma
vez segura de entregar meu coraçãozinho. Isso pode parecer uma missão um
pouco difícil e uma grande responsabilidade para delegar a outro indivíduo,
né!?! Mas eu farei minha parte também.
Sempre faço. Nunca fui e continuo não sendo o tipo de pessoa que espera sentada
as coisas acontecerem, que assiste de camarote o desenrolar das histórias.
Tenho a necessidade de participar ativamente das situações, principalmente
daquelas que se relacionam à minha própria vida.
No fundo, no fundo, sou só mais
uma menina que deseja o companheirismo, a cumplicidade, o calor humano, o
carinho e a atenção que só encontramos em relacionamentos amorosos. Uma mulher que
busca amar e ser amada. Mas, para ser capaz de tudo isso de novo, ainda
necessito recuperar a fé no amor.
Hoje foi a insegurança que falou
mais alto aqui. Deixa... Ela também precisa se comunicar, desabafar...
P.s.: É realmente impressionante
como me sinto mais leve e livre dos problemas quando escrevo... Ufa! Passou...
rsrs
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