De repente sua vida parou no tempo. Não vai pra frente, nem
pra trás. Não anda, nem desanda... E você se percebe perdida, desencontrada...
Sem saber o que fazer, você começa a buscar opções. Pensa e repensa, mas não
chega a qualquer veredicto, não encontra nenhuma solução. Perde-se ainda mais
em sonhos e devaneios e a possibilidade de se manter estática, assistindo a
vida passar, começa a lhe parecer interessante... Mas, não! Alguma força
interior diz não ser essa uma boa opção. "Descarte essa ideia",
responde minha consciência. Totalmente desencontrada você desaba em lágrimas
inexplicáveis e que pouco aliviam... A sensação de vazio permanece... A vida
continua passando diante de seus olhos apressadamente. O tempo incomoda... A
idade aumenta... A solução não chega. A força de vontade perdeu-se por aí, em
algum momento desconhecido, e lhe faltam forças para procurá-la... "Oh,
céus! Oh, vida!", pensa você ("plagiando" a animação)... As palavras
começam a escapar, buscando um papel ou qualquer outro lugar para se
estabelecerem... A alma aproveita e
fala, grita... E você dá liberdade para a escrita fluir, aleatoriamente,
exatamente do jeito que lhe escapam as palavras da mente... O fluxo de ideias
contínuo... E o alívio vem...
Sensação redundante... Sempre frequente. E que alivia!
O sono chega, os sonhos se aproximam... A mente congela, o
cérebro funciona lentamente... O inconsciente derruba a consciência... E você
consegue, enfim, se entregar à inércia do sono... ZzZzZ...
Muito triste que o sono seja a solução paliativa para os problemas existenciais.
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